MATRIZ DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ DE SANTA RITA DURÃO
A bela Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, outra das mais antigas das Minas Gerais
No final do século XVII o bandeirante Salvador Faria de Albernás, explorando a região do Ribeirão do Carmo, encontrou ouro e ali fundou um povoado, que mais tarde viria a ser chamado Inficcionado, numa referência à baixa qualidade do metal alí achado.
O arraial prosperou e os habitantes, tendo à frente o sargento-mór Paulo Rodrigues Durão - pai do escritor Frei José de Santa Rita Durão, autor de O Caramuru - e a Irmandade do Santíssimo Sacramento, antes de 1707 já tinham dado início à construção da Igreja que, consagrada a Nossa Senhora de Nazaré, recebeu a bênção inaugural em 28 de maio de 1729.
Em 1780 o construtor José Pereira Arouca traçou o plano para a sua reedificação, levada a termo por Domingos Francisco Teixeira, no trabalho de pedreiro e carpinteiro do templo.
Altar-mór da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré de Santa Rita Durão
Teto da nave da Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, atribuído a João Batista de Figueiredo
Se externamente a Matriz segue o padrão das grandes igrejas mineiras do primeiro quartel do século XVIII, internamente é impressionante pela riqueza. A sua decoração, feita em etapas, é uma mescla das três fases do Barroco, do joanino ao Rococó, expressas na talha abundante e nas cores vivas da policromia.
Há registro de pagamento de obras feitas na capela-mór por Antônio Tavares, o que pode lhe atribuir a sua autoria.
A pintura do teto da nave, representando o milagre de Nazaré em estilo ilusionista, é atribuída a João Batista de Figueiredo, um dos maiores artistas do século XVIII.