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Conselho Municipal do Patrimônio Cultural COMPAT Mariana Minas Gerais
Zelando pela nossa  História

TOMBAMENTOS - 2012

Durante o ano de 2012 foram tombados dois núcleos históricos, os do Distrito de Furquim e o de Camargos, ambos possuidores de edificações de grande valor arquitetônico e estético, compondo o seu conjunto paisagístico.

Núcleo Histórico Urbano de Furquim-Mariana-COMPAT
NÚCLEO HISTÓRICO URBANO DE FURQUIM

Tombamento: Dec. Municipal no. 4.165 de 09 de janeiro de 2012

Livro do Tombo: Inscrição no. 10 - Pg. 11

Técnico Responsável: Patrícia Pereira

 

 

O Distrito de Furquim foi um centro minerador de grande influência nos arredores de Mariana. 

O povoado de hoje guarda o desenho típico dos arraiais mineradores do século XVIII - uma estreita rua comprida, além de uma bela e surpreendente igreja.

Antônio Forquim da Luz foi o descobridor das minas que levaram seu nome e o fundador do Arraial dos Forquim, onde em 1704 foi consagrada a Capela de Bom Jesus do Monte, segundo Diogo de Vasconcelos. (História Antiga das Minas Gerais).

Nesse arraial viveu ele por muitos anos, enfrentando dificuldades tais como revoltas de escravos, escassez de alimentos, doenças, acrescidas de ataques dos índios ferozes e canibais.  

“O ataque dessa gente atrocíssima por tal maneira aterrou a Freguesia do Forquim que Antonio Forquim da Luz, o seu fundador, desgostoso, acertou de melhor que resistir a semelhantes inquietações, era regressar em 1728 para São Paulo, acautelando os anos da última velhice". (Diogo de Vasconcellos, op.cit, vol 1, fls 234).

Principal centro minerador, em 1706 já era considerado paróquia e em 16 de fevereiro de 1724 tornou-se paróquia colativa.

O nome do  arraial é uma referência a um dos primeiros descobridores de ouro na região e seu fundador, o sertanista Antonio Forquim da Luz, que por este fato obteve uma Carta de Sesmaria em 1711.

Mariana e Furquim são as duas mais antigas paróquias de Minas Gerais. Para que se avalie a importância de Furquim, na época, as suas filiais de eram as freguesias do Sumidouro, atual Padre Viegas, São Sebastião, Arripiados, agora Araponga, Ponte Nova, São Caetano, Barra Longa e Santa Rita do Turvo, hoje Viçosa.

O Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais traz um dado interessante sobre a localidade: “Na lista secreta dos homens mais abastados da Capitania, feita em 1746, e a qual nos temos referido mais de uma vez, constam, de Furquim, 19 nomes, dos quais 13 eram mineiros”.

Mais tarde, o local entrou em decadência e perdeu a regalia de paróquia.

 

 

Dossiê de Tombamento

Núcleo Histórico Urbano de Camargos-Mariana-COMPAT
NÚCLEO HISTÓRICO URBANO DE CAMARGOS

 

Tombamento: Dec. Municipal no. 4.165 de 09 de janeiro de 2012

Livro do Tombo: Inscrição no. 11 - Pg. 12

Técnico Responsável: Patrícia Pereira

 

 

Em fins do século XVII os irmãos Tomáz Lopes de Camargos, João Lopes de Camargos e Fernando Lopes de Camargos encontraram um ribeirão aurífero, onde se estabeleceram. Surgiu assim o povoado de Camargos. 

A construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Camargos foi iniciada em 1707, tornando-a uma das mais antigas de Minas Gerais. Situa-se no alto de uma colina, local onde existia uma tosca capela da época da fundação de Mariana. Possui ela uma das primeiras pinturas de igreja do estado, atribuída a Jacinto Ribeiro. É um templo de grandes proporções, em estilo Nacional Português, o Barroco de Primeira Fase; internamente a sua talha e policromia são primorosas e a sua súbita aparição ao fim de uma curva da estrade terra é algo surpreendente pela sua grandiosidade, perdida naquele ermo.

A sua escadaria, que desce longa pelo outeiro, termina num belíssimo cruzeiro de pedra entalhada no estilo Dom João V.

Em torno, apenas o silêncio. As antigas casas e sobrados caíram. Ficou apenas uma, térrea mas de boa construção. 

O fator paisagístico é magnífico, com a vegetação exuberante que cresce no clima das montanhas.

 

Dossiê de Tombamento

 

 

 

 

 

Núcleo Histórico Urbano de Camargos-Mariana-COMPAT

Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Camargos

O Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Mariana aprovou em 2012 a liberação de verba para o pagamento do seu projeto e obras estruturais na torre e telhado. Com a renovação do ato em 2016, as obras já estão sendo terminadas.

 

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